Bruno Henrique é investigado por apostas ilegais em corridas de cavalo

A Polícia Federal está investigando o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de envolvimento em um esquema de apostas ilegais em corridas de cavalo. A apuração acontece em paralelo à investigação que já envolve o jogador por possível manipulação de resultados no futebol.

As autoridades identificaram mensagens trocadas entre Bruno Henrique e seu irmão, Wander Júnior, nas quais discutem movimentações financeiras relacionadas a apostas. Em uma das conversas, o jogador menciona que vai apostar “10 conto”, e o irmão demonstra interesse, mas é desencorajado por Bruno, que diz que esse valor “não é pra ele”. Também aparece nos diálogos o nome “Lajinha”, apontado pela PF como possível intermediário no esquema.

Outro ponto que levantou suspeitas foi a negativa de Bruno Henrique em prestar depoimento, além da possível exclusão de mensagens do seu celular — atitude que pode ser interpretada como tentativa de atrapalhar as investigações.

O Ministério Público agora avalia o conjunto das provas para decidir se vai oferecer denúncia formal contra o jogador.

Já o Flamengo informou que não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre o caso e reforçou seu compromisso com a ética esportiva, destacando a importância do direito de defesa e da presunção de inocência.

Segundo fontes ligadas à investigação, o esquema de apostas não se limita apenas ao universo do futebol. A atuação em corridas de cavalo seria uma tentativa de diversificar os ganhos ilícitos, aproveitando o menor controle e fiscalização sobre esse tipo de aposta no Brasil.

Ainda de acordo com os investigadores, o nome de Bruno Henrique surgiu durante a análise de dados obtidos em operações anteriores da Polícia Federal contra manipulação de resultados esportivos. A relação próxima com o irmão, já investigado em outros casos, chamou a atenção dos agentes, que começaram a monitorar conversas e movimentações financeiras suspeitas.

Embora ainda não haja provas conclusivas, o envolvimento de um jogador de alto nível reacende o debate sobre a vulnerabilidade do esporte diante do avanço das redes de apostas ilegais. Especialistas alertam para a necessidade de regulamentação mais rigorosa e de fiscalização constante sobre as plataformas e seus usuários.

Internamente, o Flamengo acompanha a situação com cautela. A diretoria estuda abrir uma apuração paralela caso surjam novas evidências contundentes. Enquanto isso, Bruno Henrique segue treinando normalmente com o elenco, e sua presença em campo ainda não foi afetada oficialmente pelas investigações.

O caso deve ter novos desdobramentos nas próximas semanas, à medida que a Polícia Federal concluir a perícia nos aparelhos apreendidos e finalize os relatórios que podem fundamentar a denúncia formal do Ministério Público.

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